sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Desperdiçando oportunidades.

Como eu havia comentado em um post anterior, li uma história de que há algum tempo atrás um grupo de empresários argentinos cogitou patrocinar o tenista brasileiro Flávio Saretta, que era considerado por eles mais talentoso que o próprio Gustavo Kuerten, mas que desistiram da idéia pela incerteza de que o Saretta teria "cabeça" para ser como o Guga: um trabalhador do tênis.

Essa história foi contada no blog SAQUE E VOLEIO (http://colunas.globoesporte.com/saqueevoleio), escrito pelo jornalista Alexandre Cossenza, que acompanha o tênis há mais de dez anos.

Após ler o post do Alexandre, me lembrei de todos os tenistas que agenciamos na Paralella. Pensei no trabalho duro deles em quadra para conseguirem se manter em nível competitivo desde juvenis e de todas as dificuldades que eles encontram para continuar lutando pelo ideal de profissionalização, pela chance de um dia defender o Brasil nos torneios mundiais e na Copa Davis.

Guga treinando com Larri Passos em Roland Garros.

Eu mesmo já acompanhei o treinamento de alguns deles, bem como presenciei a preparação deles antes de um jogo em alguns torneios. Esses juvenis abrem mão de muitas coisas para alcançar seus objetivos. Deixam de lado férias, amigos, namoros, baladas e até a convivência com seus pais e irmãos para morar em centros de treinamentos e academias em busca da profissionalização.

Quando eles me questionam se conseguiremos um patrocínio, minha resposta é sempre a mesma: "se você e eu trabalharmos duro, com certeza teremos a recompensa que esperamos. Agora se um de nós tiver preguiça, não alcançaremos nossos objetivos!"

Longe de mim julgar o Flávio Saretta, também não quero entrar no mérito se ele é ou não mais talentoso que o Guga. Gosto do Saretta, torço para que ele se recupere e volte a jogar o seu melhor tênis, mas o fato é que em todas as histórias e relatos que li e ouvi sobre o Gustavo Kuerten sempre diziam que ele alcançou o topo não apenas por ser talentoso, mas sim por ser esforçado, determinado e trabalhador, muito trabalhador. Ou seja, só o talento não basta, é preciso treinar e treinar firme!!!

O ponto onde quero chegar é que o que aconteceu com o Saretta acontece semanalmente nas quadras e clubes do Brasil. Muitos juvenis perdem patrocínios ou desperdiçam oportunidades por não terem uma postura correta em quadra, por não passarem aos empresários a credibilidade de que a sua marca estará bem representada por ele. Eu mesmo já neguei incluir atletas em nossa equipe por não acreditar que eles iriam abrir mão de uma "vida adolescente comum" para se tornarem "trabalhadores do tênis".

Pior do que não conseguir um patrocínio é desperdiçá-lo por não ter determinação!

Pensem nisso!!!

Game, set and match...

Abraços

Claudio




2 comentários:

Anônimo disse...

pura vdd!!!
to lendo o livro do bernardinho TRANFORMANDO SUOR EM OURO chuta oq ele fala?? ele fala assim "trabalho + talento = sucesso. sendo q a ordem FAZ diferenca"
entao... vamos TODOS RALAR se quisermos algo!
abracao!

Anônimo disse...

concordooo com vocee claudioo!!