quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Lenha na fogueira...

João Zwetsch: novo capitão do Brasil na Copa Davis.
(foto: Koch Tavares/Brasil Open 2010)

Não me espantei com a saída do Chico Costa do comando do time brasileiro na Copa Davis. Assim como outros blogueiros, eu também esperava que isso acontecesse após a derrota no último confronto contra o Equador. Também não me supreendi com a escolha do João Zwetsch, que além de ser treinador do Thomaz Bellucci, número 01 do Brasil, com quem vem desempenhando um trabalho incrível (prova disso é a ascensão dele no ranking da ATP), mas também porque era o auxiliar do capitão anterior. Até aí, por mim tudo bem. Acho que o João tem tudo pra dar certo com o time brasileiro, acho até que ele foi muito feliz em sua primeira entrevista como capitão do Brasil e partilho de suas idéias sobre o potencial do time nacional.



João Zwetsch e Emílio Sanchez durante entrevista coletiva
(foto: Koch Tavares /Brasil Open 2010)

O que eu não concordo é com a escolha do espanhol
Emílio Sanchez como coordenador do tênis nacional. Não que eu não ache ele competente, muito pelo contrário. Na minha oipinião é um profissional do mais alto gabarito. Tem títulos importantes em sua carreira, conhece muito bem o tênis mundial, tem boas idéias (como a de dar suporte para que professores e treinadores para que desempenhem o papel de "descobridores de talentos"), além de ter dois excelentes centros de treinamento, um na Espanha e outro nos EUA. Porém, a realidade do tênis brasileiro é outra. Não basta ele ter apenas um currículo vitorioso, ele precisa acompanhar de perto a evolução do tênis aqui, dentro da quadra, perto dos tenistas e não em suas esporádicas visitas ao país. É preciso conhecer a fundo as dificuldades do tênis brasileiro e pra isso nada melhor que alguém que já tenha passado por isso. Sim, estou falando do Larri Passos e de tantos outros competentes treinadores que temos em nosso país.

Gustavo Kuerten: um dos maiores tenistas brasileiros.
(foto: tenisbrasil.com.br)

O que mais nossos treinadores precisam provar para os dirigentes da CBT para que tenham a oportunidade de implantar um trabalho a médio e longo prazo dentro da nossa confederação? Por que não dar a oportunidade de um brasileiro comandar nosso tênis? Não seria mais lógico, já que nossos treinadores conhecem como ninguém os duros caminhos para a formação de um tenista no Brasil? E por que não o Larri? Foi com ele que o Guga fez sua carreira, chegou ao topo do ranking mundial e é com ele que o Tiago Fernandes já está fazendo história... Será que só eu vejo isso? Será que estou tão enganado assim?

Claro que se o Emílio Sanchez, quando foi contratado pela CBT, tivesse se mudado para o Brasil e estivesse aqui full-time, acompanhando seu projeto e participando in-loco de sua implantação, a conversa seria outra e talvez eu nem estivesse escrevendo esse post. Mas, mesmo assim, ainda preferiria um coordenador brasileiro, com sangue tupiniquim nas veias.

Bom, muitos já me disseram que o fato de alguns bons treinadores não terem oportunidades dentro da confederação é um problema político interno da CBT, mas aí eu pergunto: se é para o bem do tênis brasileiro e de nossos tenistas juvenis, não é a hora de parar com essas bobeiras? Que se dane a política a favor ou contra. O que mais queremos é ver nosso tênis forte, vencedor e no lugar que realmente merece estar. Tô errado?

Alguém aqui também já pensou em ver a dupla Passos e Kuerten em ação de novo? Já imaginaram como seria bacana o Larri como coordenador do tênis nacional e Guga como capitão do time brasileiro? Eu e meu parceiro Nitta já pensamos!! Né, Sushi?? rs...



Sou "bairrista" mesmo, confesso. E vou continuar sendo e lutando pela minha humilde opinião e desejo em ver algum treinador brasileiro fazendo um trabalho com nossos juvenis. E olha que temos profissionais de sobra em nosso país. Basta ver a fama que o Brasil tem de revelador de talentos, mas que em contra partida, também desperdiça muitos deles na fase de transição.


Nosso tênis deveria seguir o exemplo de esportes como o vôlei, a natação e a ginástica olímpica. Que foram buscar experiências fora do país, que seus dirigentes se uniram em prol das modalidades e tornaram o Brasil uma referência nesses esportes. Antigamente, esses esportes não eram difundidos por aqui, mas o planejamento a médio e longo prazo, o comprometimento de treinadores e dirigentes, aliados ao apoio de patrocinadores fortes fizeram com que nossos atletas se tornassem os principais favoritos ao pódio ou medalhas nas maiores competições mundiais como as Olimpíadas, por exemplo.


Está na hora de mudar alguma coisa por aqui. Ou vamos deixar que os bons resultados do Bellucci nos torneios mundiais e o título do Tiago Fernandes passem em branco, e a oportunidade de crescimento do tênis em nosso país passe batido mais uma vez, como aconteceu com os 3 títulos de Roland Garros e a liderança no ranking mundial do Guga na ATP.


Chega de lero-lero... Vamos fazer algo pelo tênis nacional? Vem comigo?

Game, set and match...

Abraços


Claudio



Notícias do mundo da Paralella.

Eu me programei, corri feito um louco, mas não deu! Ainda faltam alguns detalhes para poder definir o time de agenciados para 2010 e não consegui cumprir o prometido de divulgar isso na quarta-feira (ontem). E pra não deixar de escrever, nem deixar de dar notícias sobre o que anda acontecendo no mundo da Paralella, vou fazer um daqueles posts gerais, que fala um pouco de cada coisa para deixar o pessoal por dentro das novidades. Vamos lá? Vem comigo?


- Time para 2010:

Entrei em contato com mais 6 tenistas de ponta, que se encaixam perfeitamente no perfil que a agência deseja. O time feminino está quase fechado, 4 novas tenistas devem ser integradas nas vagas das meninas que deixaram o time para irem aos EUA. Com o remanejamento e a mudança de categorias da maioria das tenistas da Paralella, procuro por 2 tenistas de 16 anos mais 2 na categoria 18 anos. O problema maior está sendo o time masculino, que ainda não consegui finalizar esses agenciamentos. Pretendo contar com 2 tenistas de 14 anos e mais 2 na categoria 18 anos, que já foram avaliados no ano passado e as negociações estão bem adiantadas, mas ainda faltam alguns detalhes.

- Novos parceiros:

Há algumas semanas tenho conversado com alguns prováveis parceiros para os uniformes da Paralella. Algumas marcas já se mostraram interessadas e estamos avaliando a melhor opção para a agência. Além dos uniformes, estamos em busca de alguns patrocinadores para realizar algumas ações que planejamos para 2010, dentre elas um fundo de resserva para auxiliar nossos agenciados. Essas negociações estão indo muito bem e em breve teremos boas novas, com certeza.

- Renovação Head:

Mesmo com o contrato ainda em vigência, já comecei a movimentação em busca da renovação com a Head para a temporada 2010. No projeto constam a realização de eventos e torneios, além do Encontro da Paralella, é claro!

- Encontro da Paralella:

Um dos assuntos mais comentados em 2009, o Encontro da Paralella acabou ficando no papel. Não por culpa de ninguém, mas a dificuldade de encontrar uma data em que o time todo pudesse estar presente e os problemas particulares que tive no ano passado, atrapalharam a realização do evento. Agora, com tudo em ordem e as coisas caminhando bem, já comecei a planejar o Encontro para esse ano. Entrei em contato com alguns patrocinadores que podem ajudar e muito na realização do Encontro. Logo, divulgo a data, local e outros detalhes, ok?


- Novos posts:

Confesso que ando meio sem assunto sobre o time para divulgar aqui. Isso devido a dificuldade na finalização da montagem do time. Em breve tudo voltará a sua normalidade. Enquanto isso, vou escrever mais sobre o tênis de uma maneira geral, sobre as novidades do esporte no Brasil e etc, ok?

Mais tarde volto com um post falando sobre a mudança de comando no time brasileiro da Davis, certo?

Pra quem quiser saber mais, acompanhem o meu twitter: www.twitter.com/claudiomiyamoto ou façam suas perguntas no www.formspring.me/paralella ...

Por enquanto é isso.

Game, set and match...

Abraços

Claudio